Jotta Oliveira – Piranhas
Prevenir o câncer do colo do útero. Esse é o objetivo da campanha de vacinação contra HPV, que em março deste ano foi incorporada ao calendário básico para aplicação em adolescentes de 11 e 13 anos (13 anos, 11 meses e 29 dias). Nesta segunda-feira (1º), as meninas que tomaram a primeira dose devem procurar as salas de vacinação para receberem a segunda dose. “Para a vacina ter o efeito esperado, é fundamental que as meninas recebam essa nova dose”, comenta, alerta a gerente de Imunizações e Rede de Frio da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), Clécia Vecci.
Em Goiás, a população-alvo é formada por 161.885 meninas. A meta é vacinar no mínimo 80% desse público. Além dos postos de saúde, Cais e Ciams, a vacinação será realizada em escolas públicas e privadas, a critério de cada município. A gerente explicou durante a coletiva que aquelas adolescentes que em março não foram vacinadas podem procurar os posto de saúde agora. “É importante que a primeira dose seja aplicada, independentemente do momento“, diz.
As meninas que receberam a primeira dose aos 13 anos de idade e já completaram 14 anos deverão receber a segunda dose. Já as meninas que completaram 11 anos e as meninas de 11 a 13 anos ainda não imunizadas deverão receber a primeira dose. No total, as adolescentes deverão receber três doses da vacina HPV. A última dose acontece daqui a cinco anos, em 2019.
A vacinação ocorrerá sem necessidade de autorização ou acompanhamento dos pais ou responsáveis. Na vacinação em escolas, caso o pai ou responsável não autorize a aplicação, orienta-se que assine e encaminhe à escola o Termo de recusa de vacinação contra HPV. “No caso da realização da segunda dose não há necessidade de envio do termo, uma vez que a vacinação foi autorizada anteriormente pelos pais ou responsáveis. Assim essa dose já faz parte do esquema vacinal preconizado”, orienta a gerente.
O vírus HPV é responsável por 95% dos casos de câncer de colo do útero, apresentando a segunda maior taxa de incidência entre os cânceres que atingem as mulheres, atrás apenas do de mama e a quarta principal causa de morte por neoplasias entre o público feminino. Estimativa da Organização Mundial da Saúde aponta que 291 milhões de mulheres no mundo são portadoras da doença. No Brasil, a cada ano, 685 mil pessoas são infectadas por algum tipo do vírus.