Tribuna Piranhense – em Piranhas
(Foto: Reprodução)
O processo legislativo de nº 171/19, de autoria do Poder Executivo, que versa sobre a decretação de situação de calamidade financeira no Estado de Goiás, foi aprovado pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) da Assembleia Legislativa (Alego) nesta quarta-feira (23/01). A matéria foi deliberada na reunião extraordinária realizada na tarde de ontem, após uma extensa defesa feita in loco pelo governador Ronaldo Caiado (DEM) durante uma reunião da Comissão Mista.
Na CCJ, o texto foi relatado pelo deputado Humberto Aidar (MDB), que manifestou parecer favorável. Na ocasião, os parlamentares Gustavo Sebba (PSDB), Carlos Antonio (PTB), Simeyzon Silveira (PSD), Helio de Sousa (PSDB), Karlos Cabral (PDT), Francisco Oliveira (PSDB), Luis Cesar Bueno (PT), Jean Carlo (PSDB), Humberto Aidar (MDB), Nédio Leite (PSDB) e Wagner Siqueira (MDB) pediram vista da matéria.
Considerações dos deputados
O vice-presidente da CCJ, deputado Gustavo Sebba (PSDB), declarou voto contrário ao decreto pelo motivo de, segundo ele, achar que a motivação de Ronaldo Caiado teria finalidade política. “O que ele quer fazer é politicagem”, afirmou. O parlamentar sugeriu que o Governador desça do palanque político e passe a governar o Estado, porque a campanha eleitoral já acabou.
O deputado Helio de Sousa (PSDB), que é ex-presidente do Legislativo goiano, também declarou voto contrário com o argumento de que, no entendimento dele, o Estado não vive uma situação de calamidade financeira, mas sim de dificuldade financeira.
Após a aprovação do processo, o líder do Governo nesta Casa de Leis, deputado Bruno Peixoto (MDB), agradeceu a Comissão de Constituição e Justiça por ter aprovado o decreto, com maioria dos votos. Bruno afirmou que os parlamentares fizeram a escolha certa ao votarem em favor do Estado e ressaltou que Goiás vive uma situação de calamidade financeira devido ao descontrole de gestões anteriores.
O que justifica o Govenador
Em síntese, Ronaldo Caiado explicou que o decreto de calamidade financeira encaminhado ao Poder Legislativo, na tarde de ontem, tem como uma das suas principais finalidades evitar que ele se torne vítima, não só de crime de responsabilidade fiscal, mas de um crime de prevaricação. “Não posso responder por atos que não são meus. Não podemos ser envolvidos em algo que não temos culpa”, enfatizou.
O Chefe do Poder Executivo estadual disse, ainda, que as medidas que estão sendo adotadas (como a declaração de calamidade financeira) tem, também, o intuito de conseguir do Governo Federal “uma abertura de crédito para que se possa recuperar a capacidade de trabalhar, mudar a pauta e ordenar o Estado de Goiás”.
Ao tecer as considerações acerca do quadro financeiro do Estado de Goiás, o a Governadoria decreta a situação de calamidade financeira pelo prazo de 180 dias, podendo ser prorrogado, em caso de necessidade.