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Dia da Consciência Negra! Mas será que essa consciência existe?

Por Bartolomeu Xavier de Sousa Filho – professor e escritor

(Foto: Reprodução) Dia da Consciência Negra! Mas será que essa consciência existe? Porque em pleno século vinte e um, muita gente ainda insiste Em ignorar os direitos dos negros cuja porcentagem é maioria Vemos nos noticiários das mídias dominantes existentes Que os tempos do cativeiro ainda hoje se faz presentes Em atitudes preconceituosas que colocam em cheque a alforria   A constituição garante que todos têm os mesmos direitos Mas ainda hoje muitos negros sofrem de preconceitos Principalmente se forem pobres, analfabetos ou favelados No “morro” nas constantes e tendenciosas batidas policiais Nas investigações de crimes ou tráfico são suspeitos potenciais Pois quase sempre, são os primeiros a serem abordados   Em algumas empresas é grande o número de negros efetivados Quanto mais pesado for o trabalho, mais eles serão requisitados Por causa da sua força, sua determinação e sua capacidade Porém nos cargos mais relevantes na hierarquia da empresa Ver um negro de terno e gravata pode causar certa estranheza Pois ainda não é uma coisa muito comum em nossa sociedade   No Brasil é pequena a porcentagem de negros bem-sucedidos Que com muitas dificuldades conseguiram ser ascendidos E para ocupar cargos de relevância quebrando tabus e correntes Tiveram que enfrentar com determinação os ideais classistas Mesmo assim ainda não estão livres de comentários racistas Talvez por pessoas invejosas, mesquinhas ou incompetentes   A sociedade é uma grande engrenagem que gira indefinidamente Rumo a um futuro desconhecido, mas que precisa urgentemente Unir forças, mudar atitudes, traçar novos rumos e novos objetivos E só chegará a algum lugar inserindo os negros nesse planejamento Nada de cotas, nada de discriminação, nada de constrangimento Os negros são cidadãos, merecem respeito, e não são mais cativos   Que assim como na dependência do quadro-negro e do giz Possamos dar as mãos para mudar a realidade do país Quebrando as barreiras da intolerância e da dominação Que o processo educativo conduza a nossa juventude A mostrar num futuro próximo através de cada atitude

Não haver mais resquícios da ultrapassada escravidão

 

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