Thales Soares – Fortaleza
Sneijder comemora com Depay, enquanto Huntelaar vibra (camisa 19) (Foto: Agência Reuters)
Escondido no banco de reservas, Huntelaar ainda não havia sido utilizado pelo técnico Louis Van Gaal. Na reta final do jogo com o México, ele entrou no lugar de Van Persie para se transformar em herói. Mas com sinceridade acima de tudo para confessar um lance de sorte na jogada que originou o primeiro gol da Holanda.
Aos 42 minutos, o México vencia por 1 a 0. Robben cobrou um escanteio, Huntelaar desviou de cabeça e Sneijder bateu forte para empatar o jogo. Naquele momento, já se tratava de um momento dramático. O atacante, de 30 anos, admitiu que não havia visto o camisa 10 na hora da jogada.
– Não vi o Sneijder. Na hora do cruzamento, subi e vi que não conseguiria mandar para o gol. Escorei e torci para alguém aparecer. E aconteceu – afirmou Huntelaar.
Pouco depois, o atacante receberia a chance de desempatar o confronto. Robben sofreu pênalti de Rafa Marquez e ao cruzar o olhar com Huntelaar perguntou a ele se queria cobrar. A resposta positiva só aumentou a confiança de que o dia seria dele.
– Ele veio a mim e perguntou se eu queria cobrar. Estava bem, me sentindo confiante e disse que sim. Estava esperando esse momento e ele apareceu. Estou orgulhoso e emocionado – comentou o atacante.
A confiança dos companheiros no que poderia produzir era grande. O técnico Louis Van Gaal já havia utilizado Lens, Depay e Kuyt entre as opções ofensivas que possui no banco de reservas. Huntelaar foi a última delas.
– É incrível. Isso diz muito sobre Huntelaar. Ele trabalhou muito nas últimas semanas e se colocou para jogar. Quando precisou, ele entrou e nos ajudou. Futebol não é sobre 11 jogadores, mas 23. Ele é importante mesmo sem jogar – afirmou Kuyt.