O vírus da Zika é transmitido pelo mosquito vilão Aedes Aegypti, que é também o responsável por doenças como a dengue e a chikungunya. A doença que deixou os brasileiros em estado de alerta desde o final de 2015, tem causado preocupação principalmente às grávidas após a associação feita entre os casos de microcefalia e outras síndromes neurológicas ao vírus.
Mas, afinal, que preocupações as grávidas devem ter realmente?
Diante de tantas informações desencontradas e algumas ainda sem comprovação científica, é importante ficar atento ao que de fato pode prejudicar ou não o bebê e a mãe durante o período gestacional.
Veja algumas dicas do ginecologista Renato de Oliveira e fique bem informado:
O primeiro trimestre da gravidez é o período mais suscetível à ação do vírus?
VERDADE – Independentemente do Zika, o primeiro trimestre é sempre o mais delicado da gestação, pois é neste período que ocorre a formação dos órgãos e dos sistemas do bebê.
Em casos de suspeita de Zika, a amamentação deve ser suspensa?
MITO – Até agora não há relatos de crianças infectadas pelo Zika vírus por meio da amamentação. Além do que, os benefícios do leite materno para o bebê são inúmeros, podendo refletir inclusive na vida adulta.
Todos os repelentes são seguros para as gestantes?
MITO – Apenas repelentes à base de DEET, IR3535 e Icaridina são considerados seguros para uso durante a gestação, de acordo com o Ministério da Saúde.
Os casos de microcefalia estão relacionados ao uso de vacinas vencidas?
MITO – Não há nenhum registro na literatura médica nacional e internacional sobre a associação do uso de vacinas com a microcefalia.
Combater a proliferação do mosquito é a melhor maneira de se prevenir?
VERDADE – Como o Zika é transmitido da mesma forma que a dengue, os cuidados para evitar a doença são os mesmos, como eliminar os pontos de água parada em casa, colocar telas de proteção em portas e janelas, etc.
Se o beber for diagnosticado com microcefalia, quer dizer que a grávida teve contato com o Zika?
MITO – A microcefalia pode ser causada por diversos fatores, que vão desde o consumo de drogas, álcool e má nutrição da mãe, até doenças como rubéola, toxoplasmose e o citomegalovírus.
Como o vírus ainda está sendo estudado, é bom que os radares continuem ligados e que o combate ao mosquito seja efetivo. Vamos começar hoje?