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Polícia faz reconstituição para verificar “versão estranha” do caso de grávida iporaense morta com tiro dentro de carro

(Foto: Reprodução)

A Polícia Civil realiza na manhã desta quinta-feira (3) a reconstituição da morte da representante comercial Vanessa Camargo, de 28 anos. A mulher, grávida de 3 meses, foi assassinada com um tiro na cabeça dentro de um carro, onde também estavam o marido e o filho do casal, de 2 anos, em Ivolândia, região central de Goiás. Eles não se feriram. O procedimento, segundo o delegado Ramom Queiroz, responsável pelo caso, é para verificar a “versão estranha” apresentada pelo esposo da vítima.

A reconstituição começou por volta das 5h40 e Horácio Neto, participa da simulação. Conforme o depoimento do marido, o veículo foi abordado por dois homens armados em uma moto na GO-060, quando a família seguia de Iporá, onde mora, para Goiânia.

O crime ocorreu na última segunda-feira (31). Ele disse que parou e um dos criminosos assumiu a direção, sendo seguido pelo comparsa na moto. Em dado momento, Vanessa acabou discutindo com o condutor e levou um tiro na cabeça. Em seguida, a dupla fugiu sem levar nada. Conforme a polícia, Neto pegou o filho e foi até a estrada pedir ajuda, mas a mulher não resistiu.

“Temos uma versão dada pelo marido, trazido como vítima, mas uma versão bastante estranha à nossa realidade e a nosso cotidiano na atividade policial. Não podemos descartar, temos que checar a versão dele e para isso marcamos a reconstituição”, disse.

Mistério

O caso, segundo Queiroz, é considerado “um mistério”. Ele afirma não há provas testemunhais a não ser o relato do próprio marido. O depoimento dele, inclusive, levantou alguns pontos considerados incomuns neste tipo de crime.

“Perguntamos várias vezes se foi levado algo de valor e ele disse que não, que simplesmente os criminosos apontaram a arma para ele na rodovia e ele abriu a porta para o assaltante pegar a direção. Mas em nenhum momento foi pedido algum bem ou valor em dinheiro”, explica.

Outro detalhe que chamou a atenção da polícia foi o fato do criminoso assumir a direção do veículo. “Causa estranheza. Em um assalto, o assaltante pede para alguém dirigir e vira passageiro e não dirigir com uma mão e segurar a arma com a outra”, pontua.

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