Jotta Oliveira – Piranhas
Cleudes Baré concedeu entrevista a Vinha FM (Foto: Reprodução)
Na manhã dessa quinta feira (18) o presidente da Associação Goiana de Municípios (AGM), Cleudes Baré, concedeu uma entrevista ao programa Jornal Realidade, da Vinha FM. Durante quase trinta minutos o presidente da associação falou sobre vários assuntos de interesse do municipalismo.
Entrevistado pelo apresentador e jornalista Altair Tavares Baré voltou a defender que “o Brasil precisa de um pacto da verdade. A sociedade e seus segmentos têm de conhecer as suas riquezas e as obrigações dos Entes federados”, salientou ao explicar que hoje os municípios estão sofrendo com a crise financeira devido a concentração dos recursos nas mãos da União. Daí a necessidade de se promover mudanças no Pacto Federativo. Ao mesmo tempo reconheceu que as administrações municipais devem ser exercidas com seriedade e competência, principalmente no atual momento de dificuldades. “Não se deve gastar mais do que se arrecada. Esse é o princípio básico”, afirmou.
Ao comentar sobre a atuação da AGM o presidente destacou o trabalho da entidade, intermediando conversações, na tentativa de solucionar o problema das dívidas dos municípios para com a Celg. Segundo ele a companhia apresenta os valores das dívidas de forma unilateral, bem distante da realidade. Por isso questionou-se os métodos utilizados pela Celg para a definição desses valores. Nessa semana a associação impetrou uma medida junto ao Tribunal de Justiça de Goiás para que o TJ faça cumprir a determinação do juiz da 8ª Vara Civil, Dr. Romério do Carmo Cordeiro, para que a CELG tem de efetuar o envio a AGM de todas as informações necessárias que geraram as dívidas. A empresa se mostra resistente em cumprir a decisão judicial.
Outro tema abordado foi o atendimento de saúde. O Estado deve aos municípios o repasse de cerca de 86 a 90 milhões de reais referentes a repasses não efetuados desde o final do ano passado. Num encontro com o secretário da Saúde, Halim Girade, o presidente da AGM recebeu o compromisso de que a partir de janeiro próximo o Estado vai iniciar a atualização desses repasses.
Também rebateu as críticas de que o o fato dos municípios enviarem pacientes para Goiânia traz problemas para a rede municipal de saúde da Capital. Segundo pesquisa recente, 60% dos pacientes atendidos na rede pública da Capital são oriundos de cidades do interior. Lembra o presidente da AGM que sempre quando a prefeitura do interior faz o encaminhamento de um paciente para Goiânia, e quando o mesmo é atendido pela rede municipal da Capital, também é feita a transferência dos recursos do SUS.
Um fato para se comemorar, segundo Cleudes Baré, foi o reajuste de 20% no transporte escolar esse ano as os valores ainda estão desatualizados. O mesmo acontece com os recursos repassados aos municípios para cobrir os custos da merenda escolar: apenas vinte e três centavos por aluno/dia, valor considerado apenas simbólico e bem abaixo da realidade.