Amélia espera há seis meses por remédio na rede pública (Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)
A aposentada Amélia Almeida Mendes precisa fazer uso de um medicamento, cuja caixa custa R$ 27 mil, para o tratamento de mielofibrose, doença que compromete o funcionamento da medula óssea. Sem condições de comprar o remédio, ela conseguiu há seis meses uma decisão judicial obrigando a Secretaria Estadual de Saúde (SES) a adquiri-lo. No entanto, até esta quinta-feira (11/02), a idosa não recebeu o medicamento.
“A fraqueza é muito grande. Peço a Deus para ajudar que esse remédio venha nas minhas mãos. Tenho fé”, declarou a idosa.
De acordo com relatório médico, a doença da aposentada está evoluindo com progressivo aumento do baço e anemia grave. Ela reclama de dores no corpo e inchaço.
Segundo o médico Renato Sampaio Tavares, que é hematologista, é imprescindível que a aposentada use o remédio para ter mais qualidade de vida.
“O único medicamento capaz de aliviar esses sintomas e de aumentar a sobrevida desses pacientes é o Ruxolitinib, no caso, o conhecido por Jakafi”, explicou Tavares.
Filha da idosa, Neuma Almeida Ribeiro entra em contato toda semana com o Núcleo de Importação da SES. No entanto, eles sempre a informam que o medicamento ainda não chegou.
“Se a gente conseguir pegar esse medicamento depois que minha mãe tiver morrido, não resolve, não vai resolver mais. Nós queremos o medicamento agora”, pede Neuma.
A SES informou, em nota, que o medicamento deve chegar ao Brasil nos próximos dias. Entretanto, não há data definida pra liberação do remédio pela Receita Federal e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).