31/03/2021 às 16h58min – Atualizada em 31/03/2021 às 16h58min
Tribuna Piranhense – em Piranhas
Jotta Oliveira
Hugo Brás foi vereador em Piranhas entre 2017 e 2020 (Foto: Arquivo/Tribuna Piranhense)
A Polícia Civil do Estado de Goiás, por meio da Delegacia de Polícia de Piranhas, indiciou o ex-vereador Hugo Lellis Torres Brás – que fez parte do Legislativo piranhense entre 2017 e 2020 – e a enfermeira Tatiane Cordeiro Faria Tavares pela prática do crime de estupro de vulnerável de uma menina de 13 anos de idade. Segundo as provas coletadas, a vítima seria amiga pessoal e teria trabalhado como faxineira na residência da enfermeira. Conforme apurado durante as investigações, a adolescente já possuía um histórico de abusos sexuais, inclusive intrafamiliares. De acordo com a Polícia, em dezembro de 2020, a Tatiane teria marcado um encontro entre a vítima e o ex-vereador Hugo Brás, com finalidade, explicitamente, sexual, inclusive, tendo emprestado roupas íntimas e maquiado a adolescente para o ato. Em conversas posteriores, a enfermeira disse que a menina precisava explorar financeiramente o ex-parlamentar e ficar mais bonita para não se parecer com uma prostituta. Segundo o delegado Igor Dalmy, responsável pelo caso, no dia e horário marcados, o Hugo compareceu à residência da enfermeira e levou a vítima para sua casa, onde praticou atos libidinosos e de conjunção carnal por mais de uma vez. “A enfermeira e o político são amigos próximos. Ela agenciou o encontro”, comenta Dalmy. No dia seguinte, o ex-vereador e a enfermeira chamaram a vítima para um local específico e lhe entregaram um comprimido de contraceptivo de emergência (“pílula do dia seguinte”). O crime foi descoberto quando a irmã da menina encontrou a cartela do medicamento usado. Quando questionada, a adolescente relatou com detalhes o que havia ocorrido. Ao fim da investigação, os indiciados manifestaram o interesse de não serem interrogados. Se condenados, podem receber pena de até 15 anos de reclusão.
O Tribuna Piranhense entrou em contato com o ex-vereador Hugo Lellis Torres Brás, através de aplicativo de mensagens, afim de ouvir a sua versão, porém, até a publicação desta reportagem, ainda não tinha obtido resposta.
Nossa reportagem não conseguiu localizar a enfermeira Tatiane Cordeiro Faria Tavares nem a sua defesa.