Um eletricista de 40 anos denuncia que a filha transexual, de 17 anos, foi agredida e estuprada após negar manter relação sexual com um homem, em Iporá. Segundo ele, o fato aconteceu durante o carnaval e o suspeito, cuja identidade não foi revelada, foi preso. O homem, que prefere não se identificar, afirmou que a filha foi a uma lanchonete com dois amigos na terça-feira (5/03) para comer algo e depois seguiram para o lago da cidade, onde ocorria uma festa. Algum tempo depois, o suspeito, que trabalhava na lanchonete, foi até o local e começou a conversar com ela. O homem então a convidou para voltar até o estabelecimento e ela aceitou, mas impôs uma condição. “Ela disse que era trans e que não manteria relação sexual com ele. Ele concordou, disse que só queira conversar, trocar uma ideia e conhecer ela melhor”, disse o pai. Porém, após chegaram ao local, o homem tentou “forçar a barra” para que eles tivessem uma relação sexual. A adolescente negou, tentou ir embora, mas segundo a família, acabou sendo forçada. “Ela a puxou pelo braço e a jogou sobre um engradado de refrigerante. Depois começou a bater nela. Minha filha quebrou uma garrafa na cabeça dele e saiu correndo, mas ele a alcançou, levou ela para o banheiro e a violentou”, contou.
Denúncia
A adolescente teve de pular o portão logo depois para poder ir embora. Em casa, ela contou para uma amiga e, logo depois, foi levada para o hospital. Os pais da vítima também foram avisados em seguida. “Ele deu socos no rosto dela, no jogar ela no chão e machucou bastante as costas”, explica o pai. O eletricista explicou que o Conselho Tutelar foi avisado. O órgão chamou a Polícia Militar (PM), que descobriu onde o suspeito morava, foi até o local e o encontrou dormindo. Ele foi detido em flagrante. O caso foi registrado na delegacia da cidade, onde a adolescente prestou depoimento.
O delegado da cidade, Ramon Queiroz, disse que está em viagem desde o carnaval e não teve acesso ao caso.