Jotta Oliveira – Piranhas
Os três acusam o menor de ter furtado itens em uma distribuidora de bebidas de um deles (Foto: Divulgação/Polícia Civil) Dois empresários, juntamente com um de seus funcionários, foram presos suspeitos de torturar um adolescente de 13 anos no município de Piranhas, na região oeste de Goiás, na madrugada de sexta-feira (17/07). O motivo do crime teria sido um furto que o menor e um amigo dele teriam feito na distribuidora de bebidas de um deles. Segundo informações do delegado Marlon Souza Luz, responsável pelo caso, o menor teria sido encontrado em uma rua da cidade. O garoto foi convidado para entrar em um carro por um dos empresários e, como os dois eram conhecidos, o rapaz entrou no veículo do suspeito e, logo após, seguiram até uma estrada vicinal da BR-158. Assim que o veículo parou, de acordo com o delegado, um outro carro, com os outros dois, chegou ao local. Assim que desceram, o funcionário segurou o adolescente e desferiu vários golpes em seu rosto. Sob tortura, segundo o delegado, eles obrigaram o jovem a confessar o furto. Ainda de acordo com o Dr. Marlon Souza, os agressores ameaçaram o jovem dizendo que, se contasse algo para qualquer pessoa, eles fariam coisa pior. Logo após as agressões, os três acusados abandonaram o adolescente na estrada e foram embora levando o aparelho celular dele. Por volta das 11h da manhã, a irmã do adolescente percebeu as agressões e acionou o Conselho Tutelar da cidade. Inicialmente, o adolescente inventou uma história, mas não falou que teria sido espancado. Ele foi encaminhado para a delegacia da cidade, e lá ele contou toda a verdade para o delegado.
Segundo Marlon Souza Luz, o adolescente também confessou que, junto com um amigo, subtraiu vários objetos da distribuidora de bebidas.
Os três homens foram presos em flagrante e, segundo a polícia, confessaram o crime informalmente, mas depois ficaram em silêncio durante o depoimento.
Eles estão detidos na Cadeia Pública de Piranhas e vão responder por tortura, ameaça e furto. Se condenados, podem pegar ate 20 anos de prisão.