O governo de Goiás estuda retomar, a partir do segundo semestre, as aulas presenciais, suspensas desde março devido à pandemia do novo coronavírus. As escolas particulares esperam reiniciar às atividades nas unidades em 3 de agosto. Já a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) estabeleceu um cronograma para os seus alunos. De acordo com o órgão, a partir de 3 de agosto, devem voltar às escolas os estudantes que não têm acesso à internet. Para 24 de agosto está previsto o início para alunos do 3º ano do ensino médio. Ainda não há previsão da Seduc para o retorno dos demais estudantes. Os grupos com datas já definidas deverão observar as seguintes regras: Limite de 20 estudantes por dia na mesma sala de aula; Escalonamento dos alunos: presença de cada um é permitida, no máximo, uma vez por semana; Distância de 1,5 m entre as carteiras nas salas de aula; Fornecimento de máscaras e álcool gel nas escolas. De acordo com a secretária estadual de Educação, Fátima Gavioli, mesmo com os cuidados adotados, os alunos não serão obrigados a frequentar as aulas presenciais. “Vamos continuar tendo aulas remotas até o fim da pandemia, até porque, o que nós queremos garantir é uma parte presencial, mas toda a estrutura mesmo, de 70 a 80%, vai continuar sendo remota”, afirma.
Rede privada
A rede privada optou por manter o ensino à distância, por enquanto. De acordo com o presidente do Sindicato das Escolas Particulares do Estado (Sepe), Flávio Roberto de Castro, as escolas da rede privada já estão recebendo orientações de como proceder em relação ao retorno presencial das aulas, previsto para 3 de agosto. “Durante os meses de junho e julho, o sindicato vai capacitar as escolas a conversar com os pais, fazer a acolhida, usar o departamento de psicologia escolar, verificar o que é necessário e, a partir daí, começar o processo de aulas normais”, diz. Em uma pesquisa virtual realizada pelo sindicato de 22 de maio a 4 de junho com os pais de estudantes, quase 55% dos participantes indicaram que o retorno gradual do ensino presencial é a melhor alternativa diante do atual cenário de pandemia. Mais de 70% dos pais votaram para que as aulas presenciais não retornassem antes de agosto.
Em relação ao nível de satisfação com o ensino à distância, a pesquisa indicou que 56% se mostraram satisfeitos, 17% muito satisfeitos e 24% insatisfeitos. Ao todo, mais de 35 mil pessoas responderam à pesquisa.