Notícias

Após 20 anos, navegador Internet Explorer chega ao fim

O primeiro acesso à internet de muitos nascidos antes dos anos 2000 provavelmente foi pelo Internet Explorer. Líder mundial até 2012, o navegador resistiu por quase 20 anos, mas agora será descontinuado, ou pelo menos deixará de existir como conhecemos. A informação foi confirmada nesta semana pelo diretor de marketing da Microsoft no evento Covergence 2015, em Atlanta, nos Estados Unidos.

A notícia marca o fim de sucessivos esforços da companhia em defesa do programa, que é tido como lento, teve duras críticas sobre falhas de segurança ao longo dos anos e é considerado pouco amigável por desenvolvedores e usuários. Como substituto, o executivo Chris Capossela afirmou que o Windows 10 dará prioridade ao Project Spartan, o novo navegador da companhia – que pode ainda ganhar outro nome e, provavelmente, com a palavra Microsoft incluída.

Apesar do anúncio do fim do IE, ainda não está claro quando ele será substituído. Por outro lado, página de suporte da Microsoft recomenda uso de versões mais recentes até janeiro de 2016. A substituição também vai ocorrer de forma gradativa. Inicialmente, vai dividir espaço com Spartan e a dupla deve rodar paralelamente. Um dos motivos é a provável incompatibilidade do estreante com sistemas empresariais.

Transição

O mais novo então será destinado aos usuários finais, enquanto o mais velho, durante a transição, ainda deve funcionar para rodar web apps e programas que necessitem dele. “Sistemas e sites de uso interno de empresas, intranet, vão ter de passar por uma reestruturação, enquanto para o público geral essa mudança será muito pouco sentida”, aposta o especialista em tecnologia da informação do Ipog, Kleyder Faria.

Quando o usuário entrar em uma página exclusiva para o Explorer, o novo navegador automaticamente mudará para o programa antigo. Mas empresas devem promover logo as alterações, como indicam especialistas. “A retirada de um produto e substituição por nova marca faz parte do jogo de marketing para renovar a percepção dos consumidores de uma linha de produtos inovadores e atualizados”, diz o especialista em tecnologia da informação, Rubens Zupelli Filho.

concorrência

Por muito tempo, o Explorer teve seu logo associado à própria web, chegou a ter cerca de 80% do mercado, mas nos últimos anos perdeu espaço para a concorrência. A falta de suporte aos padrões de tecnologia mais modernos, quando dispositivos móveis como smartphones e tablets criaram novas exigências, são alguns dos motivos que podem ter desgastado a marca. Atualmente, segundo relatório da Stat Counter, o Google Chrome tem 48,7% de participação no mercado e o Explorer é segundo, com 18,91%.

“É uma renovação necessária frente à evolução rápida do cenário que demanda novas experiências”, acrescenta o diretor de tecnologia da Smyowl, Mauricio Alegretti, ao lembrar que fica para a história a contribuição do navegador que ainda nos anos 1990 teve como concorrente o Netscape, que foi desativado. “Era difícil manter uma marca por tantos anos como jovial, teve de se renovar por uma necessidade do mercado, mas não parou no tempo, teve evoluções.”

Ele acrescenta que para essas renovações houve uma demora e o mesmo ocorreu para manter maior compatibilidade entre as versões.

Related posts
Notícias

Vanderlan avança, Iris cai e Marconi fica estável

Notícias

Plataforma gratuita vai ajudar municípios a localizar crianças fora da escola

Notícias

Prefeitura de Piranhas divulga resultado de Processo Seletivo

Notícias

TRT-GO dispensa funcionários, estagiários e ameaça fechar as portas

Cadastre-se em nossa Newsletter
e mantenha-se informado