Tribuna Piranhense – em Piranhas
Mulher foi ouvida na Delegacia de Polícia Civil de Piranhas (Foto: Juliana Oliveira/Tribuna Piranhense)
Um bebê chegou morto ao Hospital Municipal Cristo Redentor, em Piranhas, e a mãe acabou presa por suspeita de envolvimento na morte da criança. Segundo a Polícia Civil, Jéssica Lopes dos Santos Claudino, de 23 anos, procurou a unidade hospitalar por volta das 11h45 da manhã desta quinta-feira (7/02), dizendo que havia acordado e se deparado com a filha desacordada. Após a equipe médica realizar o atendimento, ficou constatado que já não havia sinais vitais e que o corpo da paciente apresentava hematomas, o que levou ao acionamento da Polícia Militar (PM).
Diante dos fatos, Jéssica foi presa em flagrante pela PM, acusada, incialmente, de infanticídio e foi encaminhada para a Delegacia de Polícia Civil de Piranhas.
De acordo com o delegado Marlon Souza Luz, responsável pelo caso, a suspeita contou que passou a noite ingerindo bebidas alcoólicas na residência de um familiar e que, depois disso, já durante a madrugada, foi para sua casa, localizada na Avenida Beira Rio, no Setor Aeroporto, e se deitou, junto com o bebê na mesma cama, para dormir.
“A mãe está em choque, diz não ter clareza sobre o que aconteceu de fato e que acredita que rolou sobre a filha, o que teria provocado asfixia. Ela [Jéssica] conta ainda que acordou pela manhã e já encontrou seu bebê imóvel e com o corpo gelado. A mulher afirma ter tentado reanimar a criança, mas, sem sucesso, resolveu pedir ajuda e ir até o Hospital”, relata Marlon.
A Polícia Técnico Científica foi chamada para realizar uma perícia na residência onde Jéssica Lopes vivia com a vítima e seus outros dois filhos. Os peritos também irão autopsiar o corpo da criança – que tinha aproximadamente 45 dias de vida – para determinar as causas, quando e como os hematomas presentes em várias partes – inclusive na região do pescoço – foram causados.
Até o momento da publicação desta reportagem, Jéssica Lopes dos Santos Claudino ainda estava sendo ouvida pelo delegado Marlon Souza Luz e sua equipe. Ela será autuada por homicídio culposo (quando não há intensão de matar), que pode gerar pena de detenção de um a três anos.
“No caso deste tipo de crime, a lei permite que haja a liberação do suspeito perante pagamento de fiança. Estipularei uma fiança no valor de um salário mínimo e, se pagar, ela [Jéssica] poderá ir. Mas que fique claro que – mesmo pagando a fiança e podendo responder, neste primeiro momento, em liberdade – não significa que a investigação irá parar ou que não possamos tomar outras medidas legais caso surjam novos elementos que mude o entendimento da situação”, esclarece o delegado Marlon.