Messi em coletiva durante a primeira fase da Copa: jogador está perto de fazer o seu gol de número 400 (Foto: AP)
O ciclo já é rotineiro para Lionel Messi: entra em campo, faz gols, atinge marcas e quebra recordes. Com apenas 27 anos, o craque da Argentina coleciona prêmios individuais na mesma proporção que conquista troféus por seu clube. No Barcelona, ele já é o maior de todos. Maior vencedor, maior goleador, maior estrela. Falta, então, pela seleção nacional. Na Copa do Mundo do Brasil, Leo caminha para isso e, antes de números para eternidade, está a dois gols de arredondar uma estatística imparável. Aproxima-se do número 400 em jogos oficiais na carreira. As informações são do site Futdados.
Em sua décima temporada como profissional, Messi já entrou em campo 519 vezes e marcou 398 gols, uma média de 0,77 por partida. São 354 pelo Barcelona, 42 pela seleção principal e outros dois pelo time olímpico. Com esses números, Lionel já superou compatriotas históricos, como Maradona e Batistuta. O maior ídolo argentino foi às redes em 353 oportunidades, e Batigol, 355. O ex-camisa 9, por sinal, é detentor de algumas das poucas marcas que ainda não foram superadas pelo pequeno craque.
Batistuta é o maior artilheiro da história da Argentina, com 56 gols, e também quem mais fez gols em Copas pelo país, 10. Os dois recordes dificilmente serão alcançado por Messi no Brasil, mas não seria exagero afirmar que o primeiro é uma questão de tempo. O capitão do time de Sabella está a 15 de se tornar o maior goleador de seu país e tem cinco gols marcados em três Mundiais. Em gramados brasileiros, no entanto, outras metas são alcançáveis.
Messi luta para igualar Jairzinho, por exemplo, e se tornar o segundo jogador a marcar gols em todos os jogos de uma campanha vitoriosa de Copa. O Furacão fez sete gols em seis partidas na Copa de 70. Até o momento, La Pulga fez quatro nas três vezes que entrou em campo na primeira fase e está atrás somente do colombiano James Rodriguéz, que tem cinco e também deixou sua marca em todas as aparições. O posto de goleador do Mundial é outro que Leo Messi pode faturar e fazer história.
Em sua estante, o atacante tem 11 troféus de artilheiro: quatro vezes da Champions League, três do Espanhol, duas da Copa do Rei, uma do Mundial de Clubes e outra do Mundial Sub-20, o único conquistado com por seu país. Nas últimas eliminatórias, Messi foi, de longe, a principal figura argentina, mas acabou superado pelo uruguaio Luis Suárez na lista de goleadores: 11 a 10.
Há uma década encantando o mundo, Messi teve em 2012 o seu ano mais impressionante. Ao todo, foram 91 gols marcados com as camisas do Barcelona e da Argentina. A temporada em que menos deixou sua marca foi a primeira, em 2005, quando com apenas 18 anos balançou as redes três vezes. Em 2014, já são 32 gols marcados. A melhor média pertence ao período em que defende o clube catalão, com 0,83 por jogo. Pela seleção, entretanto, as estatísticas têm melhorado, e muito graças a Alejandro Sabella.
Desde que o treinador assumiu a equipe nacional, Messi foi às redes em 25 oportunidades em 28 jogos. Antes, a marca justificava as críticas de que não rendia por seu país: 17 em 61 partidas. Atualmente, a média é de 0,47. Os 398 gols de Leo também reservam outros dados importantes. A maior vítima, por exemplo, foi o grande rival do Barcelona: Real Madrid, vazado 21 vezes. Os tentos aconteceram ainda em 255 dos 519 jogos oficiais realizados. Ou seja, o argentino deixa sua marca praticamente uma vez a cada dois jogos. (Contra a Nigéria, durante a primeira fase da Copa, marcou duas vezes; veja ao lado um vídeo especial sobre a atuação do camisa 10).
A distribuição dos gols aconteceu da seguinte maneira: em quatro partidas, Messi balançou as redes quatro vezes. Já os chamados “hat-tricks” foram alcançados em 24 oportunidades, além de 78 jogos com dois gols e outras 149 ocasiões com tentos solitários.
Se marcar mais duas vezes neste Mundial, Messi chegará a uma marca que seu principal concorrente também alcançou em 2014. Ainda em janeiro, Cristiano Ronaldo ultrapassou a quarta centena, mas precisou de 654 jogos, e atualmente soma 425. Leo não está longe nem mesmo de ser o maior goleador nascido na Argentina na história. O posto atualmente pertence a Di Stéfano, que depois se naturalizou espanhol e, de acordo com a revista “El Gráfico”, soma 500 – há quem diga que o ex-jogador do Real Madrid superou a casa dos 700, mas não são dados oficiais -, seguido por Carlos Bianchi. O treinador do Boca contabiliza 425.
Apesar de a quebra de recordes ser uma constante na carreira, Messi garante que não entra em campo pensando nisso. A resposta que deu na última quarta-feira, em Porto Alegre, ao ser questionado sobre a possibilidade de ser artilheiro na Copa exemplifica bem isso:
– Isso (de ser artilheiro) é o de menos. O importante é que a seleção mostrou um nível superior ao que vinha demonstrando. É o que buscávamos. Tomara que sigamos crescendo.
Crescendo como os números de Messi, que logo logo chegará ao gol 400 na carreira. E seguirá contando.