O governo começou a cumprir o cronograma de retirada das bandeiras tarifárias até maio. A partir de março, a cor da bandeira será amarela, mais barata que a atual, a rosa.
As bandeiras, um encargo adicionado à conta de luz, encarece as faturas cobradas do consumidor. Entre a cor vermelha, em vigor de janeiro de 2015 ao mês passado, e a verde, que deve vigorar a partir de maio, a redução na conta de luz é de 10%.
Nesta quarta-feira (3), os órgãos responsáveis pelo setor elétrico decidiram desligar usinas térmicas que custam mais do que R$ 420 por megawatt-hora a partir de 1° março.
Até o momento, estavam ligadas térmicas mais caras, com custo de até R$ 600 por MWh.
Ao todo, serão desligadas sete usinas que produzem 2.000 MW a cada hora, suficiente para abastecer uma cidade com 6 milhões de pessoas.
A decisão é crucial para que a bandeira amarela seja acionada para o mês de março, pois a escolha da cor da bandeira é feita a partir dos custos das térmicas que estão em operação.
A mudança deve reduzir a conta de luz a partir de março em 3%, quando comparada com fevereiro.
Para este mês, está valendo a bandeira vermelha patamar 1, chamada também de bandeira rosa, criada na última semana pela Aneel para baratear as contas de luz em 3%, quando comparado ao que foi cobrado em janeiro.
No cronograma montado pelo governo, a bandeira verde deverá entrar em vigor só em maio, quando somente térmicas que custem menos do que R$ 211 por MWh deverão estar em operação.
Eduardo Braga, ministro de Minas e Energia, não descartou, no entanto, antecipar esse cronograma. Segundo ele, há condições operativas para que a bandeira seja mudada para verde já em abril.
“Estamos em constante monitoramento dos reservatórios. É possível uma bandeira verde em abril, mas não é prudente anunciar agora”, afirmou Braga.
Além das bandeiras, o governo também espera que as tarifas de energia caiam esse ano.
Segundo o diretor da Aneel, Romeu Rufino, dois fatores devem favorecer as quedas das tarifas: o encargo da CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), que está um terço mais baixo que no ano anterior, e o preço da energia da usina de Itaipu.
“Estamos entrando em um novo ciclo de baixa das tarifas”, disse Rufino.