Jotta Oliveira – em Piranhas
(Foto: Reprodução)
Juros altos, queda na produção, redução nas vendas e desemprego. Esses são apenas alguns dos efeitos colaterais da crise econômica que afeta o Brasil. Crise essa considerada pelos analistas como sendo a mais grave dos últimos 80 anos e com nuances de recessão. Isso vem trazendo preocupações para a sociedade e vários segmentos. Dentre eles o empresariado.
A falta de perspectiva de mudanças da política econômica adotada pelo Governo Federal, com a superação do atual momento, levou um grupo de empresários a criar a cerca de um ano o Fórum Democrativa. Ele tem por objetivo articular junto a sociedade mudanças na política monetária.
Na manhã dessa da última quarta-feira (16), numa iniciativa da Associação Goiana de Municípios (AGM), foi promovida uma reunião com prefeitos no auditório da Faculdade Alfa, que contou com as participações do presidente do fórum, José Alves Filho, presidente da AGM, Cleudes Bernardes Baré, secretário para Assuntos Institucionais, Henrique Tibúrcio, que representou o governador Marconi Perillo e Augusto Braum, representando a Confederação Nacional de Municípios (CNM).
O presidente da AGM, Cleudes Baré, afirmou que os municípios também vêm sofrendo as consequências da crise econômica, dificultando as administrações. Daí a necessidade de que todos participem dessa luta pela mudança na economia.
O presidente do fórum, José Alves Filho, conclamou a todos para que sejam difusores dessa iniciativa, visando a promoção de um amplo debate envolvendo toda a sociedade.
“Com a economia atual todos perdem. Todos estão num mesmo avião e se ele cair todos morrem”, alertou. “O Brasil passa por um período de inflação alta, não devido ao excesso de consumo como ocorreu no passado, mas sim por outros fatores. Aliás, o consumo está retraído devido a perda do poder aquisitivo”, concluiu.
José Alves defende a redução da taxa de Juros Selic como forma de provocar a queda da inflação e, com isso, propiciar um aquecimento de todos os setores da economia, aumentando o consumo, a produção e a oferta de empregos. Hoje a taxa Selic é de 14,25% ao ano, enquanto que o ideal seria de apenas 3%.
A queda de 6,2% no setor industrial revela resultados negativos da atividade. A exceção foi a extrativa mineral que cresceu 4,9% no ano. A produção e a distribuição de eletricidade, gás e água caíram 1,4%; a construção civil 7,6% e a indústria de transformação 9,7%.
O prefeito Rogério Troncoso, de Morrinhos, diz que a recessão está levando todos a falência, incluindo os municípios. Issy Quinan, prefeito de Vianópolis e vice-presidente da AGM, reforça essa tese e defende a adoção de mudanças urgentes.
De acordo com dados de um estudo apresentado pelos economistas Marcelo Ladvocat e Aurélio Troncoso, durante o evento, vários países adotaram, com sucesso, a política de redução da inflação através da redução das taxas de juros. Política exatamente oposta à adotada hoje no Brasil.
Com informações da assessoria de Comunicação da AGM