Por Jotta Oliveira – Do Tribuna Piranhense, em Piranhas
Da Redação
Diante do momento político em que o município de Piranhas vive nos últimos meses, o Tribuna Piranhense realizou uma enquete, com o intuito de saber, de nossos leitores, qual é a sua preferência em relação a quem deve ser, definitivamente, até 2016, chefe do executivo.
A pergunta foi: “Na sua opinião, quem deveria continuar como prefeito de Piranhas?”. Durante sete dias, foram recebidos 4.157 votos, sendo que, André Ariza (PP), atual prefeito, recebeu 3.473 votos (83,5%). Otair Teodoro Leite (PSDB), que foi afastado pela segunda vez no seu atual mandato, somou 571 votos (13,2%). 113 leitores não optaram nem por André e nem por Otair. Na opinião de 2,7%, deveria haver nova eleição.
Executivo piranhense vive um momento de instabilidade
André Ariza Naves (PP) foi empossado pela segunda vez, como prefeito de Piranhas, no dia 31 de março. O ato aconteceu após uma decisão da Corte Especial do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, que afastou novamente Otair Teodoro Leite (PSDB) do cargo. Otair foi alvo da operação Tarja Preta, realizada em 2013 pelo Ministério Público do Estado de Goiás, que investigou irregularidades na aquisição de medicamentos em vários municípios goianos.
O segundo afastamento do prefeito Otair Teodoro veio com a decisão da Corte Especial do TJGO se manifestar de maneira favorável ao Agravo Regimental (recurso judicial com o intuito de provocar a revisão de suas próprias decisões) proposto pelo Ministério Público. A decisão do TJGO anulou, por dez votos a um, a decisão anterior, de dezembro passado, do presidente Ney Teles de Paula, que suspendia liminar que mantinha o prefeito Otair Teodoro afastado da Prefeitura de Piranhas. A votação aconteceu no dia 12 de março e teve como redatora do documento a Desembargadora Amélia Martins de Araújo.
Câmara pode cassar o mandato de Otair
A Câmara de Vereadores de Piranhas acatou uma Denúncia Popular que alega improbidade administrativa na gestão do prefeito Otair Teodoro Leite, o que pode levar à cassação do prefeito tucano. No documento encaminhado ao presidente da casa, João Leones Martins, os denunciantes alegam que a atual gestão é “totalmente equivocada” e não consegue trazer obras ou benefícios que resultem na melhoria da qualidade de vida da população. “Mas o mais grave, o prefeito municipal é suspeito de participar de um grande esquema criminoso, investigado pelo Ministério Público de Goiás, que o levou à prisão por vários dias e ao afastamento do cargo, onde somente retornou por força de uma liminar da justiça”.
A peça processual aponta ainda que, durante o afastamento do gestor, foi realizada uma auditoria nas contas públicas municipais, onde uma série de fatos irregulares vieram à tona “deixando claro que o atual prefeito não reúne condições para continuar a exercer o seu mandato”.