(Foto: Reprodução/Araguaia Notícia)
Quatro homens e uma mulher foram presos, no domingo (10/02), suspeitos de causar o incêndio que destruiu sete ônibus escolares, uma ambulância e um carro do Instituto Médico Legal (IML) que pertenciam à Prefeitura de Aragarças, no oeste de Goiás. De acordo com a Polícia Civil, o grupo disse que cometeu o crime para vingar a morte de um comparsa durante confronto policial.
“Tudo aconteceu por causa de droga. O comparsa conhecido como ‘Jefinho’ era traficante da cidade e vendia drogas para um dos envolvidos. Ele também era suspeito de furtos de gado e foi morto durante um confronto com a polícia no dia anterior. Esse grupo queria vingar a morte dele”, diz o delegado, Ricardo Galvão.
O incêndio aconteceu na madrugada de domingo e atingiu os veículos que estavam estacionados no pátio da Secretaria de Obras. Apesar dos estragos, ninguém ficou ferido. Segundo o delegado, o grupo usou gasolina para incendiar os veículos.
Horas depois do crime, os cinco suspeitos, que têm idade entre 18 e 29 anos, foram detidos. De acordo com a Polícia Civil, eles foram identificados após a análise de imagens de câmeras de segurança, que flagraram dois deles comprando gasolina em um posto de combustíveis.
Dois dos homens que foram presos já tinham passagens por furto e tráfico de drogas. Um deles também era monitorado por tornozeleira eletrônica.
Os cinco detidos foram autuados pelos crimes de incêndio a patrimônio público e associação criminosa. Eles estão presos na Unidade Prisional de Aragarças.
Transporte prejudicado
A cidade tem, ao todo, nove ônibus para fazer o transporte escolar. Com o incêndio, restaram apenas dois micro-ônibus. De acordo com o prefeito da cidade, José Elias (sem partido), devido à destruição dos veículos, aproximadamente 300 pessoas estão sem acesso a escolas e faculdades.
A ambulância que ficou destruída era usada para transportar pacientes da cidade que fazem tratamento em Goiânia. No entanto, a prefeitura posusi outra ambulância e outro veículo para atender ao IML.
O delegado conta que um reforço policial deve chegar à cidade, pois vários rumores surgiram nas redes sociais de possíveis outros ataques. “Apesar de os autores já estarem presos, pedi reforço policial para evitar mais represálias”, diz Galvão.