Polícia

Exame de DNA de menina morta após estupro em Bom Jardim de Goiás ficará pronto em 30 dias

Jotta Oliveira – com informações do Araguaia Notícia

Perícia apontou que Lívia foi estuprada horas antes de morrer (Foto: Reprodução/Rede Social)

O exame de DNA, solicitado pelo delegado responsável pela investigação da morte de Lívia Raquel Nery dos Anjos, de apenas 4 anos, deve ficar pronto daqui a 30 dias. A morte aconteceu durante a madrugada da última terça-feira (19/04), no Pronto Socorro de Barra Do Garças (MT) e, após exames realizados, ficou constatado que a criança foi estuprada e asfixiada antes de morrer. Segundo a Polícia Civil (PC), o principal suspeito do crime é o padrasto da menina, Sandro Ferreira, de 28 anos, que foi preso no mesmo dia do falecimento. Ele convive com a família da vítima há aproximadamente um ano, em Bom Jardim de Goiás.

Entenda

Na sexta-feira (15/04), a criança começou a ter febre e dores no corpo e no dia seguinte foi levada ao Hospital Municipal de Bom Jardim de Goiás, mas logo recebeu alta. Na segunda-feira (18/04), voltou a passar mal e foi conduzida a unidade de saúde, onde foi medicada e levada para a casa, durante a tarde. Quando retornou para a residência, ela foi cuidada pelo padrasto. Por volta das 23h do mesmo dia, Lívia teve o estado de saúde agravado e precisou ser levada às pressas para o Pronto Socorro de Barra Do Garças, onde tem Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas não resistiu e morreu.

De acordo com o delegado Ricardo Galvão, a equipe médica estranhou as marcas no corpo da criança e acionou a polícia, que através do exame de corpo delito, constatou que houve violência sexual e morte violenta. A perícia indicou ainda que o hímen da menina já havia sido rompido antes da última violência sexual e que as dores que a vítima estava sentindo, provavelmente foram em razão da compressão realizada sobre os pulmões dela durante a violência, provocando ferimento interno.

“Pelo espaço cronológico apontado pelos legistas nós acreditamos que ela foi abusada na tarde de segunda-feira e quem estava na casa nesse período era o padrasto”, frisou Galvão, que afirma não ter dúvidas da autoria do crime. “Nós ratificamos o pedido de prisão do Sandro e o exame de DNA deve confirmar a suspeita da polícia”, explicou o delegado.

A mãe de Lívia, que se separou do pai de Lívia para ficar com Sandro, disse que não desconfiava de nada do companheiro e que aguarda os exames para confirmar a autoria do crime. Um vídeo foi encontrado no celular de Sandro o mostra pelado na frente da esposa com a filha mais nova no colo. Sandro comentou com a polícia que o vídeo foi um momento de bobeira e negou que tenha fetiche por criança.

“Eu acredito que a mãe seja conivente com a situação, pois mostramos para ela o laudo que comprova o abuso sexual e ela defende o padrasto”, disse Ricardo Galvão em entrevista à rádio CBN Goiânia.

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