Jotta Oliveira – com informações de O Popular
(Foto: Diomício Gomes)
Diante da seca prolongada, agricultores de Goiás sofrem com a quebra na safrinha de milho. As perdas em alguns municípios chegam a 85%. A queixa dos produtores é geral, pois, segundo eles, o resultado não pagará os custos de produção. Diante do problema, os municípios de Caiapônia, Bom Jesus de Goiás, Rio de Verde, Jataí, Vicentinópolis, Indiara, Itumbiara e Piracanjuba entraram com o pedido de decreto de estado de emergência.
Segundo o consultor técnico da Faeg, Cristiano Palavro, a projeção inicial para a safrinha de milho em Goiás era de 8,2 milhões de toneladas. No total, as perdas já foram de 40%, o que permitirá ao Estado colher entre 4,8 milhões e 5,2 milhões de toneladas.
Goiatuba, Paraúna, Silvânia, Inaciolândia, Caldas Novas, Ipameri e Uruaçu já decretaram estado de emergência. O documento é importante para comprovar as perdas e pode contribuir na negociação com credores e no alongamento de financiamentos.
Normalmente, a renegociação é individual, mas como a quebra de safra também ocorre em outros Estados, medidas coletivas estão sendo buscadas.
Laudos devem ser apresentados
Segundo o presidente da Aprosoja-GO, Bartolomeu Braz , mesmo com a decretação de emergência, os produtores devem apresentar laudos agronômicos que atestem os prejuízos da estiagem em suas lavouras. “Comprovar que não houve colheita do grão é fundamental para as negociações. Os produtores precisam acionar seus responsáveis técnicos e já buscar contato com os credores antes do vencimento dos prazos”, completa.
Já o agricultor que contratou seguro agrícola deve se atentar ao prazo de vencimento da apólice. A seguradora tem de ser avisada assim que houver suspeita de frustração de safra.