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Secretaria da Saúde investiga caso suspeito de febre amarela em Piranhas, GO

Tribuna Piranhense – em Piranhas

Vacina contra a febre amarela (Foto:Reprodução)

A Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO) investiga um caso suspeito de febre amarela no município de Piranhas, na região oeste do Estado. Segundo a pasta, a vítima é um homem que estava em viajem e passou por várias regiões de Minas Gerais, onde há um surto da doença.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de Piranhas, o paciente trabalha em uma fazenda da região. Ele deu entrada no Hospital Municipal Cristo Redentor, na última sexta-feira (20/01), apresentando febre, dores de cabeça e pelo corpo. Ele foi medicado e não corre risco de morte.

“Logo que o homem chegou ao nosso Hospital Municipal, os procedimentos de rotina já foram iniciados. Ao suspeitar que poderia ser febre amarela, a equipe médica já acionou a Secretaria de Saúde, que, imediatamente, acionou a Gerência Estadual de Vigilância Epidemiológica, para que outras providências fossem tomadas, o que está sendo feito neste momento”, explicou a secretária de saúde, Samara Franco.   

Segundo Samara Franco, o fato de a vítima ter viajado para Minas, possivelmente, indica que a transmissão aconteceu fora do Estado de Goiás. Mesmo assim, a chance de o paciente ter a doença preocupa. Vários exames foram realizados e os resultados devem estar prontos até esta quarta-feira (25/01).

A gerente de vigilância epidemiológica da SES-GO esteve em Piranhas e disse que doses extras da vacina contra febre amarela serão enviadas ainda esta semana para intensificar a proteção da população.

“Falei com a secretária de saúde local e tive a confirmação de que já há vacinas nos postos de saúde. Devem chegar mais mil doses. A população não precisa correr para as unidades de saúde. Haverá doses para todos”, ressalta Magna.

Transmissão

A febre amarela ocorre nas Américas do Sul e Central, além de em alguns países da África e é transmitida por mosquitos em áreas urbanas ou silvestres. Sua manifestação é idêntica em ambos os casos de transmissão, pois o vírus e a evolução clínica são os mesmos — a diferença está apenas nos transmissores.

No ciclo silvestre, em áreas florestais, o vetor da febre amarela é principalmente o mosquito Haemagogus. Já no meio urbano, a transmissão se dá através do mosquito Aedes aegypti (o mesmo da dengue). A infecção acontece quando uma pessoa que nunca tenha contraído a febre amarela ou tomado a vacina contra ela circula em áreas florestais e é picada por um mosquito infectado. Ao contrair a doença, a pessoa pode se tornar fonte de infecção para o Aedes aegypti no meio urbano.

Além do homem, a infecção pelo vírus também pode acometer outros vertebrados. Os macacos podem desenvolver a febre amarela silvestre de forma inaparente, mas ter a quantidade de vírus suficiente para infectar mosquitos. Uma pessoa não transmite a doença diretamente para outra.

Prevenção

A melhor forma de evitar a febre amarela é por meio da vacina, utilizada no Brasil desde 1937 e disponível gratuitamente nos postos de saúde da rede pública.  Ela compõe o Calendário Nacional de Vacinação e é altamente eficaz e segura para o uso a partir dos nove meses de idade em residentes e viajantes a áreas com recomendação de vacina ou a partir de seis meses de idade em situações de surto da doença. A vacina confere imunidade em 95% a 99% dos vacinados.

Sintomas

Os sintomas iniciais da febre amarela incluem febre, calafrios, dor de cabeça, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. Em casos graves, a pessoa pode desenvolver febre alta, icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos), hemorragia e, eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos.

Às pessoas que identifiquem alguns destes sinais, o Ministério da Saúde recomenda procurar um médico na unidade de saúde mais próxima e informar sobre qualquer viagem para áreas de risco nos 15 dias anteriores ao início dos sintomas. Essa orientação é importante, principalmente àqueles que realizaram atividades em áreas rurais, silvestres ou de mata como pescaria, acampamentos, passeios ecológicos, visitação em rios, cachoeiras ou mesmo durante atividade de trabalho em ambientes silvestres.

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