Seduce anuncia OS selecionada para gerir 23 escolas públicas em Goiás (Foto: Vanessa Martins/G1)
A secretaria de educação de Goiás, Raquel Teixeira, anunciou nesta terça-feira (18/10) qual a Organização Social (OS) que deve gerir 23 escolas estaduais na região de Anápolis, a 55 km de Goiânia. Trata-se do Grupo Transparência e Resgate Social (GTR), que venceu a o processo de chamamento público e receberá cerca de R$ 1 milhão por mês para gerir as instituições de ensino.
O tempo do contrato é válido por três anos. Os colégios estão localizados em Anápolis (18), Pirenópolis (2), Abadiânia (1), Alexânia (1) e Nerópolis (1). As outras três OSs que participavam da seleção e não foram selecionadas tem dois dias úteis para recorrer da decisão se assim acharem pertinente.
Apesar do processo, os professores e funcionários administrativos efetivos das unidades ainda serão pagos diretamente pela Secretaria de Educação, Cultura e Esportes de Goiás (Seduce).
A secretaria afirmou que os professores e diretores das unidades continuarão os mesmos. “O que nós queremos é que uma gestão profissional libere o diretor e os professores para focar na essência da educação, que é o processo de aprendizagem”, disse.
Proposta técnica
Raquel destacou que a vencedora apresentou boas notas na proposta técnica e na experiência dos profissionais que fazem parte da organização. “A diferença grande para a segunda colocada é no corpo técnico, quem constitui o conselho, os currículos das pessoas envolvidas. Talvez esse tenha sido o diferencial maior”, esclareceu.
Ainda segundo ela, sob a gerencia das OSs, os alunos poderão notar mais rapidez na resolução de problemas estruturais das unidades, por exemplo.
“O edital prevê metas de equidade, infraestrutura, clima escolar, qualidade da merenda, qualidade da aprendizagem. Há uma série de metas discriminadas no edital que as OSs vão ter que atender”, afirmou.
A secretária pontuou que a Seduce vai aguardar o prazo para possíveis recursos e ainda terá outros dois dias úteis para responder ao pedido. A partir de então, a OS deve começar o período de transição, para conhecer as escolas e iniciar os planos de ação.
A ideia de repassar a gestão das escolas à OSs gerou vários protestos dos estudantes. secundaristas chegaram a ocupar 27 escolas estaduais em cinco cidades de Goiás.