Estudantes mortos em ataque dentro de escola aparecem em centro de foto da turma, em Goiânia (Foto: Arquivo Pessoal)
Os estudantes João Vitor Gomes e João Pedro Calembo foram mortos a tiros dentro da sala de aula em que estudavam, em Goiânia. O suspeito é um colega das vítimas, que também baleou, segundo a Polícia Militar, outros quatro adolescentes, três meninas e um menino, todos estudantes do 8º ano do ensino fundamental. O menor está apreendido na Delegacia de Apuração de Atos Infracionais (Depai).
De acordo com a assessoria de comunicação do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), três dos feridos, identificados pelos colegas por Hyago Marques, Marcela Rocha Macedo e Isadora de Morais, foram encaminhados à unidade e estão internados em estado grave. Conforme o Corpo de Bombeiros, uma menina, identificada como Lara Fleury Borges, foi encaminhada para o Hospital dos Acidentados, em Goiânia, que não divulgou o estado de saúde da vítima.
O crime ocorreu às 11h50. Testemunhas relataram ao G1 que o adolescente estava dentro da sala de aula e, no intervalo, quando a professora saiu, tirou da mochila a arma, uma pistola .40, que ele pegou em casa, e efetuou os disparos. Em seguida, quando ele se preparava para recarregar o revólver, foi contido por alunos e professores.
O suspeito dos disparos está apreendido, segundo confirmou ao G1 o coronel da Polícia Militar Anésio Barbosa da Cruz.
Mortos:
João Vitor Gomes
João Pedro Calembo
Feridos:
Hyago Marques – 13 anos – Consciente, respirando espontaneamente e é avaliado por uma equipe multidisciplinar do Hugo.
Isadora de Morais – idade não confirmada: Internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hugo. Ela está sedada, intubada e é submetida a exames de imagens.
Lara Fleury Borges – idade não confirmada – Está internada no Hospital dos Acidentados; não teve estado de saúde divulgado.
Marcela Rocha Macedo – 13 anos – consciente, respira com a ajuda de um cateter de oxigênio, também é avaliada pelo corpo clínico do Hugo.
Pânico
Um aluno de 15 anos, que estava na sala no momento do tiroteio, também contou que o adolescente era vítima de chacotas.
“Ele sofria bullying, o pessoal chamava ele de fedorento, pois não usa desodorante. No intervalo da aula, ele sacou a arma da mochila e começou a atirar. Ele não escolheu alvo. Aí todo mundo saiu correndo”, relatou o estudante.
O Instituto Médico Legal (IML) informou ao G1 que, até as 14h, os corpos dos dois estudantes não tinham sido levados para a unidade.
Já o suspeito pelos tiros foi levado à sede da Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (Depai) e, em seguida, encaminhado para o IML para os exames de corpo de delito. Posteriormente, deve retornar à delegacia.