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A Câmara Municipal de Aragarças afastou, na noite desta segunda-feira (16/10), por 8 votos a 2, o prefeito José Elias Fernandes (PROS) do cargo de prefeito. O Legislativo baseou a sua decisão no argumento de que o chefe do Executivo estaria realizando gastos excessivos com diárias, mantendo funcionários fantasmas e realizando pagamentos de despesas irregulares.
Após a leitura da denúncia, o presidente Celso Barros colocou em votação o acolhimento da denúncia e instalação da Comissão Processante (CP) que terá o prazo de noventa dias para realizar as apurações.
Votaram a favor do afastamento do prefeito: Alcione Olímpio (PSL), Duda dos Santos (PDT), Dudu Pacheco (REDE), Hudson Manteiguinha (PP), Junior das Seis Irmãos (PT), Marcivon da Silva (PMDB), Plinio Resende (PMDB) e Regina Célia (PC). Votaram contra, os parlamentares: Nego Leão (PPS) e Girley Coelho (PSD).
Após a decisão, Celso Barros informou que os vereadores darão posse ao vice-prefeito Léo Leão a partir das 9h desta terça-feira (17/10), na sede da Prefeitura de Aragarças. Léo Leão fica como interino no cargo de prefeito durante o trabalho da CP, até que uma decisão seja tomada.
O prefeito José Elias acompanhou toda a votação em sua casa e recebeu informações através de assessores. O político lamentou a decisão e, segundo ele, é infundada. O agora gestor afastado alega que não cometeu crimes informou que afastou o servidor apontado como fantasma e que não teria cometido gastos desnecessários. Sobre as diárias, o chefe do Executivo disse que está usando a mesma lei que amparou o ex-prefeito Aurélio Mendes nos gastos com as diárias, estando, de acordo com ele, gastando menos, em comparação com a gestão passada.
“Essa denuncia foi articulada por autoridades que não são nem do meio político. Lamento que tenham feito disso um cavalo de batalha para me prejudicar. Vou recorrer. Meus advogados já estão tomando conhecimento da documentação do Legislativo para que possamos ingressar com um mandado de segurança”, frisou.
O prefeito se queixa que o regimento da Câmara foi alterado, de última hora, para tornar possível seu afastamento. “Normalmente se instala uma CPI para apurar, mas, pelo que vimos, era uma vontade de tirar o prefeito por questão política mesmo”, ressaltou.
Outro assunto que provocou esse embate entre prefeito e vereadores, segundo José Elias, seria a revogação da Lei das Casas, que contrariou os interesses particulares de uma empresa e acirrou os ânimos entre Legislativo e Executivo.
Com informações do Araguaia Notícia