(Foto: Reprodução)
Agredida pelo namorado, Luiza Brunet há vários dias utilizava o Instagram para comentar casos de violência contra a mulher mesmo sem mencionar o que havia acontecido com ela.
No dia 25 de maio, ela fez uma referência as agressões do namorado Lírio Parisotto ao falar sobre maquiagem. “A maquiagem forte esconde o hematoma da alma”. Até, então, o caso dela não era público, uma vez que a atriz resolveu comentar o assunto somente nesta sexta-feira (1º).
Em outra postagem, Brunet relatou que autores de violência contra a mulher devem ser presos “não importa o poder que acham que têm” ao comentar o estupro coletivo do Rio de Janeiro.
No dia 31 de maio, ela chegou a citar a Lei Maria da Penha. “Querida, vivemos um momento muito diferente em relação a abuso, maus tratos e violência doméstica. Existe espaço na mídia para uma conscientização da população e política. Basta já. A Lei Maria da Penha é respeitada… Não precisamos ter medo somente coragem de denunciar.”
As postagens da modelo e o caso demonstram que ainda há muito a ser trilhado quando o assunto é violência doméstica. Especialmente, em relação à saída do anonimato. Assim, como Luiza Brunet muitas mulheres têm vergonha ou medo de comentar e denunciar os autores das agressões.
Além de impedir que o agressor volte a cometer os atos, a denúncia é imprescindível no combate à violência contra a mulher por auxiliar na construção de dados e políticas públicas sobre o assunto. Comentar o que aconteceu com você pode também impedir que novas mulheres se tornem vítimas ou criem coragem para buscar ajuda.
Saiba o que fazer para se proteger e proteger outras mulheres:
Peça socorro
Entre em contato a Polícia Militar pelo número 190 ou com a central telefônica para atendimento às vítimas, criada pela Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) pelo número 180.
O canal funciona 24 horas por dias todos os dias da semana e também orienta mulheres a buscarem o apoio necessário ao explicar os passos que devem ser tomados para resolver o problema.
Há também a possibilidade de entrar em contato com o Disque Direitos Humanos, pelo número 100.
Busque apoio
É importante o apoio neste momento. Não precisa ter vergonha inúmeras mulheres são vítimas de violência. Ao invés de esconder, é necessário combater. Pode ser família, amigos, vizinhos ou grupos de suporte. O importante é se sentir amada e amparada.
Procure a Delegacia da Mulher
É possível saber qual a Delegacia da Mulher mais próxima de você por meio do site criado para a Lei Maria da Penha (acesse aqui).
Caso sua cidade não tenha a unidade específica, procure a delegacia mais próxima.
Procure um posto médico
Ainda que seu corpo não apresente marcas aparente é importante procurar uma unidade de saúde e relatar o que aconteceu.
Solicite proteção
Procure a Defensoria Pública ou o Ministério Público do seu Estado e faça um pedido de proteção. Informe que já fez denúncia na delegacia e aguarda o andamento de seu caso, mas precisa de soluções rápidas, principalmente, se estiver sendo ameaçada.
Acompanhe a denúncia
E cobre providências!
Procure ajude psicológica
A violência doméstica de qualquer tipo (sexual, física ou psicológica) causa traumas que podem e devem ser tratados com ajuda de um profissional para que a mulher volte a ter qualidade de vida. A maioria das mulheres desenvolve depressão ou síndromes relacionadas com ansiedade e medo. Ninguém merece viver com isto! Procure uma unidade de saúde, relate o que aconteceu e peça encaminhamento a um psicólogo.
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