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A Secretaria de Saúde do Estado de Goiás (SES-GO) confirmou nesta quarta-feira (16) o primeiro caso de zika vírus no estado. Segundo o comunicado emitido pelo órgão, a portadora é uma mulher que mora em Santo Antônio do Descoberto, no Entorno do DF, e está na 14ª semana de gravidez. A identidade dela não foi divulgada.
Ainda de acordo com a nota, a notificação ocorreu através da Secretaria de Saúde do DF, onde a mulher foi atendida e fez exames. Após diagnóstico confirmado pelo Laboratório Central de Saúde Pública do DF (Lacen-DF), a SES-GO foi informada do caso.
De acordo com a assessoria de imprensa da SES-GO, a mulher não está internada. O Hospital Materno Infantil (HMI) foi colocado à disposição caso a paciente queira realizar o acompanhamento da gravidez em Goiânia.
Além do caso confirmado, outros 29 estão em investigação. O zika vírus é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, mesmo causador de dengue e chikungunya.
Combate ao mosquito
Na terça-feira (15), o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), decretou estado de emergência e anunciou a criação de um fundo com R$ 10 milhões para combater o mosquito. Na ocasião, ele também lançou o movimento “Goiás contra o Aedes”, que consiste em uma força-tarefa para realização do trabalho.
A Câmara Municipal de Goiânia também aprovou, em 1ª votação, projeto que dobra ao valor da multa a donos de imóveis com criadouros do Aedes. A infração, que variava de R$ 800 a R$ 8 mil, vai passar a girar entre R$ 1,6 mil e R$ 16 mil.
Microcefalia
Em entrevista coletiva no último dia 2, o secretário Estadual de Saúde, Leonardo Vilela, confirmou que de Nove casos suspeitos de microcefalia registrados no estado, três apresentaram sintomas que levam à suspeita de terem sido causados pelo zika vírus.
A doença é uma condição rara em que o bebê nasce com o crânio do tamanho menor do que o normal, apresentando perímetro igual ou menor a 33 centímetros. Crianças que nascem com essa má formação podem ter complicações no desenvolvimento da fala, motora e até quadros de convulsão.
A microcefalia pode ter causas genéticas, passadas dos pais para a criança, como também por uso de drogas, álcool ou outros produtos tóxicos durante a gestação, além de possíveis infecções que atinjam o bebê durante a gestação.