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Em depoimento à Polícia Civil, mãe que matou o próprio filho em Piranhas relata detalhes do crime

Tribuna Piranhense – em Piranhas

Adriana Coutrim confessou que jogou o filho no fogo para morrer

O Tribuna Piranhense teve acesso a integra do depoimento de Adriana Coutrim Moreira, assassina confessa do próprio filho de 2 anos. A mulher falou com delegado Ramon Queiróz durante a manhã desta sexta-feira (30/06) e voltou a afirmar que matou o pequeno Alexandre Coutrim Rodrigues, inclusive, detalhou os momentos da barbárie. O crime aconteceu no último domingo (25/06), na zona rural de Piranhas, na região oeste de Goiás.

Adriana é natural do Distrito Federal (DF) e, antes de se mudar para Piranhas, morava no município de Brazlândia. Segundo ela, o pai de Alexandre abandonou-a ainda grávida do menino e isso, de acordo com a mulher, fez com que ela sofresse. Prestes a dar à luz ao segundo filho [Alexandre], Adriana Coutrim começou a morar com Edmário Rodrigues Luciano e, depois de ter o bebê, se mudou para Piranhas e passou a residir na Fazenda Volta Grande, onde o homicídio aconteceu.

Adriana Coutrim conta que, no dia 25 de junho de 2017, seu marido acordou às 6h da manhã e foi trabalhar na construção de uma cerca em uma chácara vizinha e não presenciou os atos criminosos dela. A mulher relata que acordou por volta das 7h e “já estava muito nervosa”. “(…) assim, preparou o café da manhã e deu às crianças e continuou com alguns afazeres (…) por volta das 10h30, foi para o fundo do quintal, sozinha, e começou a juntar as folhas e galhos, com um rastelo (…) alguns minutos depois, Alexandre foi para o local e começou a chorar (…)“, diz um trecho do depoimento.

 A mãe homicida disse ter visto o rosto do ex-marido no menino e, por isso, segundo ela, ficou transtornada e “mandou que ele quietasse”. “(…) o segurou pelos braços e o colocou sentado em um pedaço de madeira que estava ao lado do monte de folhas (…) jogou um pouco de álcool no monte de folhas, utilizando-se do frasco que a perícia recolheu; riscou um fósforo e ateou fogo (…)”, descreve o depoimento.

Já com as folhas e galhos em chamas, o menino Alexandre foi até a mãe mais uma vez. “(…) a interroganda [Adriana], por sua vez, disse que ficou cega de raiva, pegou Alexandre pelos braços e o jogou na fogueira (…)”, diz outro trecho.

Com o corpo em chamas, o menino começou a gritar e saiu correndo. Adriana Coutrim não deixou que o filho escapasse. “(…) o alcançou e novamente o lançou dentro da fogueira, mas, desta vez, ficou o segurando com uma vassoura, dessa de palha, pelo pescoço, até que o menino morresse (…) nesse intervalo, sua filha L., olhou a cena e gritou, sendo que a interroganda [Adriana] determinou que a menina voltasse para dentro da casa (…)”.

Em outro momento, Adriana relata mais um ato de extrema crueldade. “(…) como o corpo de Alexandre não estava querendo queimar, assim, a interroganda [Adriana] disse que jogou cerca de meio litro de álcool que ainda havia no frasco, sobre o corpo de Alexandre e lançou um fósforo aceso; que ficou alguns minutos olhando o fogo, que aumentou muito de tamanho (…)“.

Por volta das 11h da manhã, o pequeno Alexandre Coutrim já estava morto e seu corpo ainda estava no meio do fogo. Enquanto isso, Adriana Coutrim foi para o interior da casa, tomou um copo d’água e começou a pensar o que iria dizer para seu marido, “para que ele não descobrisse o que tinha acontecido”. “(…) por volta das 13h00, molhou parcialmente uma toalha, foi até a fogueira e puxou o pé do menino para fora do fogo; que, como o corpo estava muito quente e queimado, então, a interroganda [Adriana] disse que o deixou do lado da fogueira para esfriar e, novamente, retornou para dentro da casa; que a menina L. [irmã mais velha de Alexandre] estava muito inquieta e queria, a todo custo, ir até a fogueira onde estava o corpo do irmão, pois ela havia visto parte da cena, contudo, a interroganda [Adriana] disse que não permitiu (…)”.

Passado cerca de uma hora do assassinato, a mãe de Alexandre foi até o quintal e enrolou seu corpo em uma toalha, levou para frente da casa e pediu para que sua filha pegasse um travesseiro para colocá-lo. “(…) passada cerca de meia hora que o corpo do menino estava na calçada, a interroganda [Adriana] disse que já tinha montado uma história para justificar o que havia ocorrido; que, assim, ligou para seu marido, que estava trabalhando em outra fazenda e lhe disse: “Nem, venha aqui urgente, pois o Alexandre caiu no fogo”; que Edimário ainda questionou se o menino havia queimado muito, ao ponto que a interroganda [Adriana] disse que não (…)”.

Além da ligação para o marido, a mulher ainda fez contato com vários familiares, com intuito de dar veracidade ao seu relato falso e receber apoio. Logo em seguida, a Polícia Militar (PM) e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram chamados – isso por volta das 15h.

No final do seu depoimento (Clique e leia a integra) à Polícia Civil, Adriana Coutrim Moreira disse que imaginava que não seria desmascarada, pois supunha que não haveria investigação, perícia ou depoimentos. Ela foi presa na última quinta-feira (29/06) e se encontra na Cadeia Pública de Piranhas.

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