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Para médica, frustração sexual entre casais pode estar ligada ao excesso de trabalho

Jotta Oliveira – em Piranhas

Maria Jamile fala sobre excesso de trabalho e insatisfação sexual (Foto: AP)

“O excesso de trabalho interfere na vida sexual, especialmente em mulheres”. Esta é uma afirmação da doutora Maria Jamile Ribeiro Duarte Nogueira, que durante muitos anos vem realizando estudos sobre as dificuldades sexuais dos casais. Segundo a médica, o cérebro tem papel importante no processo de excitação, por esse motivo, se o indivíduo (homem ou mulher) não consegue se controlar em relação a preocupações e o excesso de pensamentos ligados ao trabalho, acaba trazendo interferências para a atividade sexual, principalmente aqueles que não se desligam dessas questões, para dar abertura para os prazeres da vida, assim como o sexo.

Para se ter uma ideia, um estudo feito pela Durex Global Sex Survey revela que mais da metade dos brasileiros (51%) estão insatisfeitos com a vida sexual. Os números também monstram que 62% dos homens sentem dificuldade em manter uma ereção e somente 22% das mulheres alcançam o orgasmo quando tem relações sexuais. Tudo isso estaria relacionado à pratica do chamado “fast sexo”, ou seja, da satisfação rápida com o mínimo de esforço possível, devido ao pouco tempo dedicado a vida conjugal.

Existe uma síndrome, conhecida como ‘Burnout’, a qual já é catalogada como doença ocupacional, estando no CID-10 (código internacional de doenças), como síndrome de esgotamento profissional, cujo sintomas comportamentais são: irritabilidade, falta ao trabalho, erros profissionais e baixo autoestima. Sintomas físicos: insônia, cefaleia (dor de cabeça) e amnesia (perda de memória) e sintomas psicológicos: dificuldade de concentração, ansiedade e dificuldades sexuais (diminuição da libido, dificuldades de ereção e de atingir o orgasmo).

“O casal precisa separar um tempo em sua agenda diária para se dedicar um ao outro, tentar se desligar dos pensamentos excessivos é um ótimo começo. Existem mulheres que se cansam muito, devido ao trabalho profissional e aos afazeres domésticos, além de cuidados com os filhos e quando chega a noite só querem dormir, inclusive, algumas delas, de forma inconsciente, desconhecem que são portadores de alguma disfunção sexual como anorgasmia (ausência de orgasmo) e diminuição da libido (desejo) e usam o trabalho como desculpa para evitar o contato físico e, consequentemente, o sexo”, relata a médica.

Segundo Jamile, é preciso haver equilíbrio entre a vida profissional, espiritual, familiar e pessoal. “Se o trabalho em excesso interferir em uma dessas áreas de sua vida, a ponto de não ter tempo para estar com a família, não praticar atividades esportivas, não ter tempo para o lazer e reduzir as atividades sexuais, é importante refletir. É preciso haver limites, valorizar a vida profissional e pessoal”, alerta Maria Jamile.

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