Quadrilha foi apresentada pela Polícia Civil na capital (Foto: Reprodução)
Sete homens que praticavam o chamado “Novo Cangaço” foram presos pela Polícia Civil. De acordo com as investigações, os criminosos são de alta periculosidade e teriam sido responsáveis por pelo menos 1/3 dos crimes contra instituições financeiras ocorridos em Goiás no ano de 2016.
Segundo o titular do Grupo Antirroubo a Banco da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (GAB-DEIC), Alex Vasconcelos, os integrantes do bando são responsáveis por explosões em algumas cidades nos últimos três meses como: Britânia (15/05), Itapirapuã (07/06), Montes Claros de Goiás (23/04), Aragarças (02/06) e Bom Jardim de Goiás (28/05).
Eles agiam com terror e violência, assustando moradores. Os bandidos usavam armas de uso restrito. Eles alugavam armamentos pesados e praticavam delitos. Os criminosos, em várias ocasiões, dispararam e exibiam armamentos em vias públicas. Em determinadas situações, tinham como alvo unidades policiais.
“O uso de armamento de grosso calibre é para intimidar a ação policial. Apontamos a essa quadrilha todos os crimes desta natureza na região oeste do estado. Em Goianira, foram presos cinco deles e os outros dois em Jussara”, explicou o delegado.
Durante a prisão, alguns integrantes do bando foram pegos com uma carga roubada na cidade de Aragarças. Segundo as investigações, nem sempre eles obtinham êxito nas explosões de caixas eletrônicos e acabavam praticando outros delitos.
O delegado informou que alguns dos criminosos possuíam um alto padrão de vida. Sete veículos de luxo foram apreendidos durante a operação. Eles usavam carros roubados. Um veículo já estava preparado para ser utilizado na próxima ação, que seria desencadeada pela quadrilha.
Presos
Foram presos pela Polícia Civil durante operação denominada Crepitus, que significa “Explosão”: Iodeyve José da Silva, de 23 anos; Francisco Ernani Alvino de Souza, de 35 anos; Gilson Noé da Silva, de 32 anos; José Arnaldo Rebouças Farias Filho, de 31 anos; Lucas Pereira Albuquerque Silva, de 21 anos; Carlos Henrique Souza Benevides de 30 anos, e Cléber Moura Pereira, de 26 anos.
Chamou a atenção da polícia, uma casa de alto padrão de um deles, com piscina, móveis de alto valor e outros bens. Vão responder por roubo majorado, organização criminosa, explosão e também receptação.
Combate
Nos últimos dias foram desmanteladas quatro quadrilhas que atuam na modalidade do “Novo Cangaço”. Três delas presas em Goiás, uma delas responsáveis por explosões de caixas eletrônicos em Goiânia e Aparecida de Goiânia.
De acordo com Alex Vasconcelos, as quadrilhas migram de outros estados daí uma das grandes dificuldades para combater esta modalidade criminosa. Os explosivos para este tipo de modalidade são desviados da construção civil.
Durante a apresentação dos dados do caso, o secretário de Segurança e vice-governador de Goiás, José Eliton, ressaltou que os presos seriam apresentados pessoalmente, mas foram remetidos para a audiência de custódia. Ele fez um apelo ao Poder Judiciário que os suspeitos fiquem presos. Ele novamente lamentou a liberação de acusados de mais de 50 homicídios em Aparecida de Goiânia. O vice-governador afirmou que 82% das prisões são de reincidentes.
“A ação da polícia vai muito além da prisão. Esta quadrilha responde por um terço deste tipo de crime. Nós vamos conseguir identificar e prender todas as quadrilhas. Vamos continuar nesta linha”, afirmou o secretário de Segurança Pública e vice-governador de Goiás, José Eliton.