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Tarifa de energia pode ficar mais barata à partir de fevereiro em Goiás

O alívio tão esperado na conta de luz pode vir a partir do primeiro trimestre do ano com a redução do preço da bandeira tarifária. As chuvas registradas indicam que o fim do período chuvoso pode resultar em custo de geração de energia mais baixo, pois o volume dos reservatórios das hidrelétricas aumentou. Em Goiás, isso já pôde ser notado. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) discute a mudança na cobrança que foi incluída nas faturas com a cor vermelha desde janeiro de 2015.

A cor indica que foi preciso acionar as usinas termoelétricas para garantir a segurança energética do País e o consumidor teve de pagar o custo. No final deste mês, está marcada a divulgação para os valores de fevereiro. Apesar de a cor possivelmente se manter a mesma, é esperado uma bandeira mais branda. A proposta, de acordo com o diretor da Aneel, André Pepitone, é sair dos atuais R$ 4,50 para R$ 4 para cada cem quilowatts-hora (kWh), que seria o nível 1.

Já o nível 2 seria acima do custo atual, iria pra R$ 5,50. De acordo com a proposta da Aneel, a cobrança terá mais precisão e quanto maior o nível de água nos reservatórios menor a tendência de cobrar os maiores valores. Em setembro, em entrevista ao POPULAR, Pepitone, que é relator do processo que está em audiência pública, já havia informado que a expectativa era de que o período úmido que se iniciou em outubro possibilitasse até bandeira verde para 2016.

Tarifa

Se vier, o alívio nas contas ainda pode ser pequeno. Contudo, por ter sido cobrada durante um ano, a bandeira tarifária deve esvaziar os reajustes previstos para 2016. No caso de Goiás, a revisão tarifária ocorre em setembro e durante 2015 a conta teve um salto de mais de 51%. Parte dos custos da geração que compõe cálculo da tarifa foram cobrados a cada mês com o acréscimo da bandeira, o que também sinaliza uma possível trégua na elevação dos custos.

O superintendente de Comercialização da Celg D, Leandro Chaves de Melo, explica que pode vir um efeito imediato nas contas com a decisão da Anatel sobre as bandeiras e se isso ocorrer o consumidor goiano não teria de esperar até a revisão tarifária para ter uma possível redução no valor que paga pela energia. “Passamos recentemente por um cenário difícil, por isso se espera uma melhora para 2016 com relação a uma situação que era extremamente crítica”, pontua.

A bandeira vermelha, como afirma, chegou a representar aumento de 14% na fatura para o pequeno consumidor. “Para os grandes, como indústrias, o impacto no ano passado foi ainda maior”, acrescenta. Assim com uma bandeira mais branda, os impactos começam a chegar após início do mês subsequente à decisão. “Colocamos um semáforo do lado direito na fatura com a bandeira vigente para que todos possam visualizar e acompanhar.”

Previsão

Diferente do cenário hidrológico do ano passado, quando o nível de água estava em decréscimo, nas principais usinas hidrelétricas de Goiás e da divisa do Estado, desde que começaram as chuvas o volume aumentou. Porém, como parte do Sistema Interligado Nacional (SIN), a melhora tem de ser sentida em todo o País. De acordo com Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a situação dos reservatórios é melhor na Região Sul (95,75%), Sudeste e Centro-Oeste (31,84%), pior no Norte (15,52%) e Nordeste (5,32%).

Segundo relatório do ONS, segundo análise das condições hidrometeorológicas para esta semana, a atuação de áreas de instabilidade nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste trazem avanço de frente fria e ocasionam chuva moderada na bacia do rio Paranapanema, em pontos isolados do Tietê e precipitação de intensidade fraca a moderada nas bacias dos rios Uruguaia, Iguaçu e nas demais bacias hidrográficas do subsistema Sudeste/Centro-Oeste e em pontos isolados do São Francisco.

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