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Casal queimado em Aragarças que peregrinou 24h por atendimento começa fisioterapia

Jotta Oliveira – Piranhas

Roberto faz fisioterapia após sofrer queimaduras: luta por atendimento (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

Duas semanas depois de ter os corpos queimados após uma explosão provocada por vazamento de gás, na casa em que mora, em Aragarças, no oeste goiano, o casal Roberto Nominato e Elusiane Nominato começaram a fisioterapia nesta sexta-feira (13/03). Eles estão internados no Hospital Geral de Goiânia (HGG), mas até conseguir se tratarem, eles enfrentaram uma peregrinação, percorrendo mais de mil km em 24 horas.

Roberto teve 50% do corpo queimado. Como teve queimaduras mais superficiais, se recupera mais rápido e deve deixar o hospital na próxima semana. Ele se emociona ao falar do que passou. “Chegou um momento da viagem em que me perguntaram o que eu gostaria. Eu tinha até desistido, passei mal demais”, afirma, com a voz embargada.

Já Elusiane, apesar de uma área menor atingida – 36% – teve lesões profundas e deve passar por um transplante de pele do próprio corpo. Porém, ela não perde a confiança. “Já está bem melhor. Rapidinho nós vamos chegar lá”, anseia.

O drama dos dois começou no último dia 26 de fevereiro. Após o acidente, eles foram encaminhados para a capital em duas ambulâncias, mas tiveram que retornar a cidade de origem por não conseguirem atendimento na rede pública. O problema ocorreu devido a um erro na ficha de encaminhamento, a qual tratava de um paciente com fratura.

Nas viagens de ida e volta para Aragarças, o casal teve que percorrer cerca de 800 km. Quando chegaram, eles tiveram que rodar mais 185 km até Iporá, na região central de Goiás, onde foram transferidos de helicóptero para Goiânia, desta vez para serem internados.

Tratamento
A fisioterapia é realizada para evitar que as queimaduras não comprometam as articulações. Eles deixaram a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) há uma semana e estão juntos em um quarto de enfermaria.

Segundo o médico Sérgio Augusto da Conceição, chefe de cirurgia plástica do HGG, ambos respondem bem ao tratamento. “Posso dizer que nesse momento eles estão estáveis clinicamente e em uma fase de tratamento da parte cutânea”, explica.

Passado o pior, o casal não vê a hora de voltar à rotina. “É só alegria. Semana que vem eu estou em casa, graças a Deus”, salienta Roberto.

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