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Caso suspeito de microcefalia causada por zika vírus é investigado em Rio Verde

(Foto: Reprodução)

A Secretaria de Saúde de Rio Verde, no sudoeste de Goiás, investiga se um bebê que nasceu com microcefalia teve a malformação devido ao zika vírus. A criança, do sexo feminio, nasceu em dezembro, na maternidade Augusta Bastos. Este é o segundo caso investigado no município.

O órgão explicou que, após o nascimento, a menina foi encaminhada para Goiânia para fazer os exames que confirmaram a microcefalia. Agora, uma equipe médica investiga se a malformação tem ou não ligação com o zika vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. O resultado dos testes ainda não ficou pronto.

A mãe da criança passou o início da gravidez em Alagoas, estado que já registrou mais de 150 casos de microcefalia. Entretanto, é necessário investigar se a doença não foi contraída no município, já que um caso de zika está sob análise.

A família, que mora em Rio Verde, busca uma vaga de internação no Centro de Reabilitação e Readaptação Doutor Henrique Santillo (Crer) para ter acompanhamento com um neuropediatra. Não existe especialista nessa área na cidade.

Segundo a Secretaria de Saúde, este caso é menos grave do que o primeiro bebê que apresentou a suspeita de microcefalia causada pelo zika.

Em todo estado, segundoa  Secretaria Estadual de Saúde, já foram registrados 57 casos de microcefalia até o dia 15 deste mês. Deste, 9 estão sobre análise para detectar ligação com o zika vírus. No entanto, o elo entre eles ainda não foi confirmado em nenhum deles.

Primeira suspeita
O primeiro caso investigado de microcefalia causado por zika vírus em Rio Verde é o de Luiz Guilherme, de 4 meses. A cabeça dele tem 28 centímetros, sendo que o normal deveria ser igual ou superior a 33 centímetros. Durante a gravidez, a mãe do bebê, Maria Vitória Ataídes afirma que teve sintomas como dor no corpo e febre. Ela conta que chegou a pensar que era dengue, mas um exame feito na gestação descartou a doença.

“Eu tive dor no corpo, febre, dor de cabeça. Aí, na época, a gente fez uns exames de sangue, que descartaram as possibilidades de dengue, toxoplasmose e rubéola. Aí só depois de o bebê nascer o médico disse que realmente pode ter sido o zika vírus”, relatou.

Atualmente, a mãe, a dona de casa Maria Vitória Ataídes, luta por tratamento adequado e gratuito para o filho. Ela está preocupada com as convulsões que o filho sofre. Maria Vitória alega que na cidade não há atendimento de neuropediatra e precisa se deslocar a cada dois meses para Goiânia para uma consulta, que custa R$ 400.

Atualmente, para custear o tratamento do filho, ela vende rifas. Maria Vitória também faz uma campanha nas redes sociais que resultou no apoio de pessoas até de outros estados.

Microcefalia
A doença é uma condição rara em que o bebê nasce com o crânio do tamanho menor do que o normal, apresentando perímetro igual ou menor a 32 centímetros. Crianças que nascem com essa malformação podem ter complicações no desenvolvimento da fala, motora e até quadros de convulsão.

A microcefalia pode ter causas genéticas, passadas dos pais para a criança, como também por uso de drogas, álcool ou outros produtos tóxicos durante a gestação, além de possíveis infecções que atinjam o bebê durante a gestação.

O Ministério da Saúde esclarece que “a microcefalia não é um agravo novo. Trata-se de uma malformação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Na atual situação, a investigação da causa é que tem preocupado as autoridades de saúde”.

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